O perigo do desenvolvimento econômico a qualquer custo, melhor a custo de uma parcela da sociedade

Não é novidade que o atual governo vem promovendo uma política desenvolvimentista, principalmente após a crise econômica numa maneira de resolvê-la com medidas anticíclicas e, inegavelmente, uma maneira de fazer propaganda política no final do mandato.

Apesar de todos os argumentos a respeito disto, atualmente, o maior problema enfrentado pelas classes populares é a atuação do governo através do financiamento com o banco de fomento BNDES (terceiro maior banco de fomento do mundo). O problema é que o banco está financiando empresas sem critério ambiental e/ou social.

São diversos problemas tanto ambientais como sociais, contudo o que mais impressiona é o problema do financiamento a empresas que utilizam mão-de-obra análoga a escravidão. Isto ocorre, principalmente, nas usinas de alcool e o último caso foi na barragem de Jirau, no rio Madeira no estado de Roraima. Obra efetuada pelo PAC e financiada pelo BNDES. A contradição desta situação é que os "escravos" investem no BNDES! Através de inúmeros impostos. Ou seja, o trabalhador alimenta um Estado que o escraviza literalmente!(novidade?)

O pior que não é só ele que financia o BNDES, mas eu e voce financiamos este banco. Ou seja, financiamos a escravidão no Brasil! Não são só estes casos de trabalho escravo que aconteceram no canteiro de obras do PAC, neste ano foi feito uma inspeção numa obra e encontraram dezenas de trabalhadores trabalhando para abrir uma clareira na mata para início de mais uma obra do PAC.

O debate está posto à mesa, os movimentos sociais como sempre estão carregando a bandeira na frente (porque são os mais afetados e talvez os mais conscientes). Então fica a necessidade de politizar e democratizar os rumos da economia! Para que trabalhadores e trabalhadoras contribuintes do Estado não financie a escravidão no Brasil e nem no mundo*.

* Investiguem a respeito de empresas financiadas pelo BNDES que exploram trabalhadores e trabalhadoras pelo mundo, por exemplo, a Vale do Rio Doce.